Logo Ferticlin - ir para a página inicial do site Logo Clínica Ferticlin - Reprodução Humana e Fertilidade
tratamento

Rejuvenescimento Ovariano: conheça o procedimento

Você sabia que ainda é possível estimular os ovários mesmo quando a fertilidade já parece reduzida? O Rejuvenescimento Ovariano com PRGF estimula folículos adormecidos, melhora a função ovariana e aumenta suas chances de engravidar com seus próprios óvulos.

Agendar Consulta
Tratamento Rejuvenescimento Ovariano
a terapia

O que é o “Rejuvenescimento” Ovariano?

O termo “Rejuvenescimento Ovariano” parece querer dizer que o ovário volta a ser jovem, mas isso não é possível de verdade. O que estão tentando fazer é reativar os poucos folículos que ainda restam nos ovários. (Garavelas et al., 2023). Talvez o termo mais adequado seria “Reativação do Óvulos” quiescentes e dormentes. Segundo Te Velde,E.R.et al., na menopausa ainda existe alguns milhares óvulos no ovário, principalmente na Menopausa Precoce.

Esse tipo de procedimento interessa muito especialmente para mulheres com o seguinte perfil (Barad et al., 2022; Farimani et al., 2021):

  • Baixa Reserva Ovariana;
  • Peri Menopausa;
  • Falência Ovariana Precoce / Menopausa Precoce (quando os ovários param antes dos 40 anos);
  • Ter filhos com Próprios Óvulos, em vez de recorrer à Banco de Óvulos.
  • Idade avançada materna (acima de 38 anos)
  • Altas Taxas de Aneuploidias
  • Auxílio na Fertilização In Vitro (FIV)
Agende sua avalização!

Por que isso está se tornando importante?

Hoje em dia, muitas mulheres preferem engravidar mais tarde, por causa dos estudos, trabalho ou por escolha pessoal. Mas a Fertilidade diminui bastante após os 35 anos. Isso cria dificuldades quando se decidem engravidar mais tarde (ESHRE, 2005).

Além disso, algumas mulheres não querem ou não podem receber óvulos de outra pessoa, por motivos religiosos, pessoais ou emocionais.

O que é PRGF e como ele pode ajudar?

PRGF significa Plasma Rico em Fatores de Crescimento. É uma parte do sangue que contém plaquetas, que são células muito importantes na cicatrização. As plaquetas liberam grânulos com fatores de crescimento, substâncias que ajudam o corpo a reparar tecidos e formar novos vasos sanguíneos (Sills et al., 2021).

A ideia é simples:

  • 1 - Coleta-se o sangue da própria mulher.
  • 2 - O sangue é centrifugado (girado bem rápido) para separar o plasma.
  • 3 - O Plasma é ativado, com diferentes técnicas, para que libere os fatores de crescimento, uma das técnicas mais utilizadas é com o uso de cloreto de cálcio (Cavallo et al., 2016; Zhuang et al., 2018).
  • 4 - O PRGF ativado é injetado dentro dos ovários, com ajuda de ultrassom, para tentar estimular os folículos quiescentes e restantes. O procedimento é feito sob sedação, em clínica especializada.

Quer saber se esse tratamento é para você? Entre em contato agora mesmo e fale com nossa equipe especializada!

Entre em contato!

Como o PRGF age dentro do ovário?

Depois de ativado, o PRGF libera:

  • Fatores de Crescimento (Grow Factor), que ajudam o ovário a se recuperar;
  • Grânulos de substâncias que podem ajudar na formação de vasos sanguíneos (angiogênese);
  • Moléculas que talvez tenham efeito epigenético, ou seja, que mudam como os genes são usados sem alterar o DNA (Sills & Wood, 2022).

E os resultados?

Inúmeros estudos científicos, mostram melhoras nos exames hormonais como aumento do hormônio AMH, aumento de Contagem de Folículos Antrais (CFA), queda do hormônio FSH, e maior resposta dos folículos, que indicam melhora da função ovariana (Ahmadian et al., 2020; Sills & Wood, 2022). Outras pesquisas mostraram que depois de usar PRGF, algumas mulheres voltaram a menstruar e até conseguiram óvulos e embriões por meio de Fertilização In Vitro (FIV) (Ahmadian et al., 2020; Pantos et al., 2016).

Por exemplo: Garavelas et al. (2023) trabalharam com 253 mulheres e utilizaram 60 mL de sangue processado em duas centrifugações. Após o PRGF, houve melhora no equilíbrio hormonal e restauração do ciclo menstrual em mulheres menopausadas. Em pacientes com Insuficiência Ovariana Precoce (Menopausa Precoce), 28% tiveram nascidos vivos.

Barrenetxea et al. (2024) realizaram o primeiro estudo duplo-cego randomizado com 60 pacientes. Coletaram 15 mL de sangue, realizaram dupla centrifugação e ativaram com cloreto de cálcio. O número de oócitos coletados foi maior no grupo PRGF (11,92 vs. 10,2), com significância estatística. No entanto, o número de nascidos vivos não foi estatisticamente diferente entre os grupos.

Nakano, R.E. & Almodin, C.G. (em publicação) trataram 242 pacientes divididas em dois grupos. No grupo com baixa resposta ovariana (n=183), o FSH caiu de 23,31 para 17,70 mUI/mL e o AMH subiu de 0,36 para 0,40 ng/mL. Houve taxa de gestação em 28,6% dos casos por FIV e 7 gestações espontâneas. No grupo de mulheres menopausadas (n=59), o FSH caiu de 64,66 para 37,20 mUI/mL e o AMH subiu de 0,09 para 0,20 ng/mL, com uma gestação espontânea e três por FIV.

Ana Fuentes et al. observaram aumento no número de folículos, oócitos e blastocistos em 83 pacientes, a partir de 1 a 2 meses após a aplicação, com melhores resultados em pacientes com menos de 40 anos.

Chen et al. relataram aumento significativo dos níveis de AMH e do CFA em 49 pacientes, além de maior número cumulativo de embriões e redução dos níveis de FSH.

Patel et al. observaram que 72% das 72 pacientes apresentaram aumento significativo no CFA em até três meses após a aplicação de PRGF. Contudo, não houve aumento no número de oócitos nem redução nos níveis de FSH.

Zhao et al verificaram aumento significativo de AMH e CFA em 39 pacientes, bem como redução nos níveis de FSH. Entretanto, não foi observada diferença significativa no número de oócitos e embriões.

Cakiroglu et al. (2020) estudaram 311 mulheres. Coletaram 20 mL de sangue, centrifugaram e agitaram levemente o PRGF antes da aplicação. Observou-se aumento no AMH (de 0,13 para 0,18 ng/mL) e no número de folículos antrais (de 0,5 para 1,7), com FSH estável.

Nola Herlihy et al. não identificaram aumento significativo no número de oócitos nem na formação de blastocistos euploides, mas encontraram aumento significativo do CFA após aplicação do PRGF em 83 mulheres.

O estudo de Sills et al. (2020) incluiu 182 pacientes. Eles utilizaram 10 mL de sangue centrifugado, separaram 3 mL de PRGF e ativaram com gluconato de cálcio. Houve uma leve melhora no hormônio AMH (de 0,18 para 0,24 ng/mL).

Diversos estudos mostram bons resultados, outros não constataram vantagem. Muitos médicos estão animados com os resultados, outros nem tanto (Sills et al., 2023; Barrenetxea et al., 2024).

Essas diferenças possivelmente ocorrem por 4 motivos básicos:

  • 1 - Pelo maior número de infusões (cerca de 3 ciclos menstruais de infusões por pacientes);
  • 2- Pela técnica de infusão na topografia correta no parênquima ovariano nos grupos que tiveram melhores resultados. Nos grupos que não constataram vantagem significativa, foram feitas apenas uma aplicação por tratamento e ou alguma variação na técnica de preparo e infusão.
  • 3- Tipos de ativação dos Fatores de Cresciento;
  • 4- Volume de Infusão do Plasma.

Pronto(a) para cuidar da sua fertilidade de forma inovadora? Agende uma consulta e conheça de perto como o Rejuvenescimento Ovariano com PRGF pode abrir novas possibilidades para o seu sonho de ser mãe. Nossa equipe está ao seu lado em cada etapa dessa jornada.

Agende sua consulta!

Referências Bibliográficas

  1. GARAVELAS, A. et al. Clinical benefit of autologous platelet-rich plasma infusion in ovarian function rejuvenation: evidence from a before-after prospective pilot study. Medicines (Basel), v. 10, n. 3, 2023. Disponível em: https://www.mdpi.com/2305-6320/10/3/29. Acesso em: 29 jul. 2025.

  2. SILLS, E. S. The scientific and cultural journey to ovarian rejuvenation: background, barriers, and beyond the biological clock. Medicines, v. 8, n. 6, p. 29, 2021.

  3. CAVALLO, C. et al. Platelet-rich plasma: the choice of activation method affects the release of bioactive molecules. Biomed Research International, v. 2016, p. 1–7, 2016. DOI: 10.1155/2016/6591717.

  4. ZHUANG, W. et al. The varying clinical effectiveness of single, three and five intraarticular injections of platelet-rich plasma in knee osteoarthritis. Journal of Orthopaedic Surgery and Research, v. 19, n. 1, 2024.

  5. NAKANO, R.; ALMODIN, C. G. Técnica de preparo e aplicação de PRP intraovariano. Em publicação.

  6. SILLS, E. S.; WOOD, S. H. Epigenetics, ovarian cell plasticity, and platelet-rich plasma: mechanistic theories. Reproduction and Fertility, v. 3, n. 4, p. C44–C51, 2022.

  7. ESHRE CAPRI WORKSHOP GROUP. Fertility and ageing. Human Reproduction Update, v. 11, n. 3, p. 261–276, 2005.

  8. AHMADIAN, S. et al. Intra-ovarian injection of platelet-rich plasma into ovarian tissue promoted rejuvenation in the rat model of premature ovarian insufficiency and restored ovulation rate via angiogenesis modulation. Reproductive Biology and Endocrinology, v. 18, n. 1, p. 78, 2020.

  9. PANTOS, K. et al. Ovarian rejuvenation and folliculogenesis reactivation in peri-menopausal women after autologous platelet-rich plasma treatment. Genesis Athens Hospital, 2016. [Apresentação].

  10. SILLS, E. S. et al. Regenerative effect of intraovarian injection of activated autologous platelet rich plasma: serum anti-Mullerian hormone levels measured among poor-prognosis in vitro fertilization patients. International Journal of Regenerative Medicine, 2020.

  11. BARRENETXEA, G. et al. Intraovarian platelet-rich plasma injection and IVF outcomes in patients with poor ovarian response: a double-blind randomized controlled trial. Human Reproduction, v. 39, n. 4, p. 760–769, 2024.

  12. BARAD, D. H. et al. Preliminary report of intraovarian injections of autologous platelet-rich plasma (PRP) in extremely poor prognosis patients with only oocyte donation as alternative: a prospective cohort study. Human Reproduction Open, 2022; 2022(3): hoac027.

  13. FARIMANI, M. et al. Evaluation of intra-ovarian platelet-rich plasma administration on oocytes-dependent variables in patients with poor ovarian response: a retrospective study according to the POSEIDON criteria. Reproductive Biology and Endocrinology, v. 19, n. 1, p. 137, 2021.

  14. CAKIROGLU, Y. et al. Effects of intraovarian injection of autologous platelet-rich plasma on ovarian reserve and IVF outcome parameters in women with primary ovarian insufficiency. Aging (Albany NY), v. 12, n. 11, p. 10211–10222, 2020.

  15. HERLIHY, N. et al. A multi-center randomized controlled trial of intraovarian injection of platelet rich plasma for women with poor ovarian response. Human Reproduction, v. 38, 2023. DOI: 10.1093/humrep/dead093.079.

  16. FUENTES, A. et al. Effect of intraovarian injection of platelet rich plasma on ovarian response in poor responder women. Human Reproduction, v. 38, 2023. DOI: 10.1093/humrep/dead093.270.

  17. ZHAO, H. et al. Intra-ovarian platelet-rich plasma administration plus successive accumulated embryo transfer could be a promising strategy for poor ovarian response management: a before-after study. Journal of Ovarian Research, v. 18, 2025. DOI: 10.1186/s13048-025-01646-x.

  18. PATEL, G. et al. Effect of intra-ovarian instillation of autologous platelet rich plasma on live birth rate in POSEIDON 3 versus POSEIDON 4 group: A prospective follow-up study. Human Reproduction, v. 38, 2023. DOI: 10.1093/humrep/dead093.1016.

Fale com a equipe Ferticlin no WhatsApp